terça-feira, 19 de abril de 2016

"A Carta de Pero Vaz de Caminha"

                                     
                                         
                                          CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA


                                      
  IMAGEM DA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA OU A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO BRASIL: http://portugues.uol.com.br/literatura/a-carta-pero-vaz-caminha.html



      A Carta foi escrita por Pero Vaz De Caminha em Porto Seguro em 26 de Abril a 2 de Maio de 1500. Nessa carta ele escreveu suas primeiras impressões sobre a Terra que mais tarde seria de ser chamada de Brasil. Esta carta é o PRIMEIRO DOCUMENTO DO BRASIL! Costuma ser identificado como o marco inicial da História Brasileira.


   

                                             TRECHO DA CARTA::
      "Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma. Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo."CAMINHA, Pero de Vaz. Carta a el rey D. Manuel. 
       

DATA:19/03/16





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